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Sustentável: marcas apostam na reutilização de materiais e na criatividade da moda para desenvolver
- Karina Matos
- 7 de jun. de 2017
- 2 min de leitura

Como usar a moda ao nosso favor? E do universo? Esses são alguns dos questionamentos do SP.Ecoera, evento organizado por Chiara Gadaletta que reúne marcas, projetos, empresas e consumidor final em torno das questões sociais e ambientais no mercado de moda, design e beleza, e que teve sua quarta edição em maio. "Já temos tanto produto no mundo, por que não reaproveitá-los?”, questiona Chiara, que acredita na reutilização de materiais e na criatividade para se desenvolver algo novo, seja uma peça de roupa ou um móvel, como o pufe de retalhos de meias feito pela artista Karlla Giroto, em parceria com a Puket. "Transformar uma peça em outra é muito divertido. A gente coloca a criatividade na moda e borda, recorta, tinge, coloca pet... E a peça ganha uma vida especial, com uma história.” Chiara conta que não compra roupas em lojas há muito tempo, com exceção de lingeries. “Ir a brechós e trocar peças é uma maneira de aumentar a vida útil de roupas ou acessórios, evitando que acabem no lixo. E você ainda compra uma peça exclusiva e cheia de estilo.” Aproveitando a quarta edição do SP.Ecoera, que aconteceu em São Paulo, Chiara apontou quatro marcas que apostam no reaproveitamento, veja:

Bantu Mulher “A Bantu reutiliza uniformes da aeronáutica, que seriam incinerados, para fazer peças. Cerca de uma tonelada de uniformes são incinerados por ano, pois não podem ser repassados por questão de segurança. A marca começou quando um coronel sensível às questões ambientais chamou a Lourdinha, responsável pela marca, e falou que queria parar de queimar esses uniformes e emitir CO2. E sugeriu que ela reaproveitasse o tecido sem que parecesse o uniforme. Deste então ela capacita mulheres e reaproveita os uniformes para fazer outras peças.” Puket – Meias do Bem “O projeto reaproveita restos de meias doadas para fazer mantas para os moradores de rua. A Puket recicla o tecido e o transforma em estopa. Quando a marca me procurou, eu comecei a imaginar como a moda poderia participar, então chamei a Karlla Girotto, que organizou um grupo de estudo e a partir da sucata têxtil da Puket fez móveis incríveis.”

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